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EMPRESAS VS HACKERS

Imagine a cena: mesmo com vários muros, alarmes e cães de guarda, sua casa foi assaltada. Além de arrombarem as suas defesas, eles ainda reviraram todas as suas gavetas em busca de algo de valor. Você contaria este fato para suas visitas, enquanto elas tomam chá na sua sala? Agora, transponha esta situação para uma empresa que foi invadida por hackers.

Seja por motivos comerciais ou de segurança, dificilmente uma empresa admite que foi atacada por piratas cibernéticos ou dá mais detalhes sobre o assunto. Mesmo com toda esta discrição, quando o ataque envolve o site corporativo ou os serviços a clientes, não há como esconder que “tem boi na linha”. Só para citar alguns dos casos mais famosos que aconteceram nos últimos meses: invasão e suspensão temporária dos sites da Sun do Brasil, da Mantel (que curiosamente estava promovendo um evento sobre segurança), da Fuvest e da Universidade Anhembi Morumbi; o envio de mensagens que travou o provedor Trix; a suspensão do atendimento online da Editora Moderna; e claro, o acontecimento mais falado: o ataque ao site do FBI.

E isso, sem contar as mal-sucedidas tentativas de ataque ao provedor Mandic, ao site da Receita Federal (que recebeu milhões de declarações de Imposto de Renda) e ao Banco do Brasil. E também não levamos em conta as dezenas (ou seriam centenas?) de ataques que nunca serão divulgados. Não há como negar, portanto, que hackers são um perigo para as empresas e podem causar prejuízos da ordem de milhares de reais - ou até mais, dependendo do teor do ataque ou atividade econômica. Não há número brasileiros consolidados sobre o assunto, mas a estatística norteamericana aponta prejuízos da ordem de U$ 100 milhões em 1998 devido a hackers sofisticados.

Só o hacker Kevin Mitnick, o mais conhecido do mundo, invadiu empresas de telecomunicações e informática como a Motorola, Nokia e Novell no começo da década de 90, causando um buraco de cerca de U$ 200 milhões. Mitnick foi preso em fevereiro de 95, após uma longa perseguição - e está proibido, com razão, de mexer em computadores de qualquer espécie por tempo indeterminado.

PORTAS ABERTAS

Dificilmente sua empresa vai se deparar com um hacker do calibre de um Mitnick, mas é bom se precaver. Será que a sua empresa está vulnerável? Basicamente, uma rede só pode ser invadida se seus computadores tiverem alguma comunicação com o mundo exterior. Se não houver uma conexão com a Internet ou arquivos que chegam por disquete, o único jeito disso acontecer é alguém arrombar a porta e mexer nos micros - mas aí não estamos falando de hackers, mas sim de invasores e ladrões tradicionais.

Os meios e métodos mais comuns para invasão nas empresas são:

- Sniffer: captura de informações que trafegam desprotegidas pela rede, como senhas que não foram criptografadas. As informações capturadas serão usadas posteriormente por um hacker para invadir o sistema.

- Spoof: é quando alguém mal intencionado “mascara” o seu endereço de e-mail, fingindo ser uma pessoa conhecida, e passa uma ordem para um servidor. Este, por sua vez, acredita na veracidade das informações passadas e abaixa as defesas. Nesta situação, sofre um ataque.

- Mudanças de rota: é um tipo de ataque que desvia toda a informação de um servidor para que um espião, ou então as redireciona para lugar nenhum, causado a queda do serviço online.

- Trojan Horse: são os “cavalos-de-tróia”, programas que são instalados sorrateiramente em um servidor e abre uma brecha para invasão. São considerados um tipo de vírus de computador.

- Replay: é quando um hacker observa uma ação, comando ou sequência de eventos utilizada por pessoas idôneas para autenticação e entrada no sistema. Depois, ele apenas repete estes procedimentos e acessa o sistema.

- Vírus: já são velhos conhecidos dos usuários domésticos, mas também podem causar, direta ou indiretamente, grandes estragos na rede de uma empresa, desde impossibilitar a comunicação interna, até interromper os serviços vitais.

- Adulteração: se não houver nenhum meio de controlar o conteúdo que é transmitido por via digital, um invasor pode alterar alguma informação durante a sua transmissão, prejudicando a comunicação entre dois sistemas.

- Falhas em programas: se alguém tem intenção de invadir o sistema de uma empresa, provavelmente vai começar a procurar as falhas nos programas instalados (servidores de mail, ftp, internet e outros do gênero). Alguns deles vêm inicialmente configurados de forma pouco segura, e precisam de ajustes para funcionar corretamente.

E são justamente estas pequenas falhas - que são desconhecidas para um usuário doméstico, mas muito conhecidas dos hackers - que possibilitam a invasão da maioria das redes empresariais. FBI vs. Global Hell Como uma invasão fez o governo americano passar vexame Quem tentou acessar o site do FBI (Federal Bureau of Investigation) na noite do último dia 26 de maio não achou nada: o www.fbi.gov não estava acessível. Tirar o site do ar foi a medida que o FBI encontrou para se organizar após ter sido invadido pelos hackers do grupo Global Hell (gH), que estava sendo investigado pelo FBI há algum tempo. O ataque ao site foi uma represália dos hackers às operações do governo americano contra eles, o que incluiu a apreensão de equipamentos e a prisão de membros do grupo, em especial a de Eric Burns, conhecido como Zyklon.

Após os ataques, que também se estenderam a outros sites do governo americano, o site do FBI ficou fora do ar por mais de uma semana. Para saber mais sobre... Para proteger os dados de uma empresa, às vezes não basta comprar um bom anti-vírus ou um firewall comercial. A maioria das pessoas não tem controle total sobre as configurações dos programas profissionais, que, dependendo do caso, podem ser muito complicadas. O ideal, então, é entrar em contato com empresas ou associações especializadas em segurança de dados e proteção contra vírus de computador. Confira alguns links de empresas que podem ser bastante úteis. A maior parte dos sites está em inglês, mas praticamente todos tem distribuidores ou escritórios no Brasil:

- International Computer Security Association(www.icsa.com.br): o escritório brasileiro da ICSA presta serviços de verificação das defesas da empresa e as brechas na segurança. O Virus Lab traz a lista de programas antivírus certificados pela entidade, a lista de vírus existentes e a descrição de como atuam, alertas sobre novos vírus. É um dos mais completos, mas boa parte do material está em inglês.


- Antivirus Research Center (http://www.symantec.com/avcenter/): é o site do centro de pesquisas sobre vírus da Symantec, empresa que fabrica o famoso Norton Antivirus. Tem informações sobre como agem os vírus e quais são os mais destrutivos, além de um glossário de termos técnicos em inglês.

- Centro de pesquisa de vírus da IBM (http://www.av.ibm.com/): além de ter um serviço de consulta online grátis, também desenvolve vacinas para vírus desconhecidos. Para isso, o internauta envia uma mensagem para o suporte técnico, com uma cópia do programa “suspeito” anexada e informações sobre os sintomas e características do possível vírus. Eles analisam o arquivo, e se realmente acharem um vírus, desenvolvem a vacina em 48 horas.


- Virus Info Library (http://vil.mcafee.com/villib/alpha.asp): é a biblioteca de referência de vírus da Network Associates, fabricante do VirusScan. Traz informações sobre vírus (alertas, nomes, tipos), hoaxes (boatos) e documentação técnica.

- Trend Micro (http://www.trendmicro.com.br/): site do fabricante do anti-vírus PC-cillin. Oferece gratuitamente o HouseCall, um serviço online para detecção e desinfecção de vírus. Traz também enciclopédia, calendário de ataques de vírus e um guia para iniciantes.

- Anti-hackers page (http://www.hackers.com.br): após passar por uma reformulação, este site está ainda mais completo. É uma das maiores fontes de informações sobre hackers e vírus disponível em português, com assuntos que incluem novos vírus, brechas de segurança, boatos e notícias.

 

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